terça-feira, junho 20, 2006

Ser mulher

É óptimo - embora eu gostasse de experimentar viver uns dias como homem.
É gratificante, pois só nós sabemos o que é gerar uma vida, sentir o seu crescimento dentro de nós e educar (isto para algumas são outros 500).
Somos portanto as parideiras de serviço, logo, uma mais-valia para a economia nacional.
Se o nosso governo facilitasse a vida da mãe trabalhadora, teríamos mais filhos, logo aumentava a taxa de natalidade que está em constante descida por motivos óbvios, gerávamos mais contribuintes que pagariam os seus impostos e desta forma não viveríamos em constante sobressalto com a perspectiva de não termos pensões e reformas no futuro.

Isto tudo, acresce ao facto de sermos capazes de estar empregadas e quando chegamos a casa tratarmos dos filhos, da casa e acima de tudo, de nós próprias.

15 comentários:

mokomaori disse...

concordo com tudo isso e muito mais..acho que voces gajas merecem uma série de atenções que não tÊm..mas tb acho, e desculpa a acidez, ando assim, que voces tb tÊm culpa nisso...juntaram-se aos milhares para fazer uma bandeira no estadio nacional, camionetas e mais camionetas, vieram todas em festa..mas aposto que se houvesse mobilização para algo fundamental para voce..tipo..fecho maternidades, lei aborto e afins....era uma fiasco..acho eu....esta em cada individuo o poder de mudar uma sociedade e quem nela manda..mas infelizmente, acho que neste pais toda a gente olha para proprio umbigo..beijao.

Cristina disse...

moko, eu concordo plenamente contigo.As mulheres nisso pecam muito. Mobilizam-se para o que é divertido, para a festa, porque para coisas serias, têm sempre muito que fazer. Sou mulher, fui convidada para lá ir, mas recusei. Além de ser uma coisa que a mim não me diz nada (o patriotismo está em cada um, não preciso de andar mascarada), acho que aquele mulherio todo fazia melhor se tivessem ido todas juntas limpar matas, que está a chegar o verão :)

mokomaori disse...

limpar as mat....DAS, kestagajaérija!!!!!..nao foi critica, foi observação com mimo...

Cristina disse...

moko, eu aceito mimos e criticas. Sou feminista, logo a igualdade é em tudo ;)

Cristina disse...

sutra: nem passa por muitas regalias, mas claro que tinha de haver modificações. Imagina empresas com creches (que existem): as mulheres trabalham, produzem mais e não deixam de ter filhos :)

maria disse...

Só há uma questão que me escapa e que nenhum de vocês tocou, mas o filho é só das mães? é que aquilo que eu vejo é ao fim do dia os colégios cheios de mãezinhas a irem buscar as crianças porque os pais estão no emprego...e nisso o governo não tem culpa...e estou perfeitamente à vontade...não sou casada, não tenho filhos e nem votei neste Governo...mas dá que pensar...e acho que a culpa é muito das mães...

maria disse...

...e contrariamente a ti Olivia palito não sou nada feminista...gosto que um gajo me deixe entrar primeiro,que seja cavalheiro, (não acho piada que me abra a porta do carro porque me faz sentir burra e inútil)...quanto à bandeira...pior do que estar ali naquele calor, era estar rodeada com 16 mil mulheres...que tormento:)

Cristina disse...

maria, os pais hoje em dia até estão mais participativos: por um lado, as mentalidades estão a mudar relativamente a quem "deve" tratar da criança, por outro lado, há mais divorcios, logo e infelizmente, alguns pais ficam mais presentes nas vidas dos filhos.

O facto de não ter falado no papel dos pais aqui, foi apenas porque com os machismos e ausência deles, são os unicos perdedores, porque além de nunca virem a saber o que é gerar e parir, quando acordam para a vida familiar reconhecem que perderam muito do crescimento dos filhos.

E quanto à bandeira, temos a mesma opinião :)

Anónimo disse...

Agora é que se lembram das maternidades, mas nunca ninguém pensou que as grávidas de Vila nova de milfontes e aredores quando querem parir vão ter de ir para... BEJA!!!! A mais de 100kg de má estrada e que ambulancia dos bombeiros estão normalmente ocupadas e o 112 chega a demorar mais de 1hora!! Sei disso pois a minha (linda)neta teve de ir nascer a Beja (excelente maternidade por sinal, agora imaginem que bom que é chocalhar a grávida para lá e depois fazer mais de 200 kl para as ir visitar... Isso nunca ninguém se queixou pois são Alentejanos e esses coitados não se queixam já estão habituados a serem ignorados! Ahhh o centro de Odemira é uma bela droga tratei lá de uma perna e ia ficando sem ela... Beijo muito resmungões!

FZ disse...

> embora eu gostasse de experimentar viver uns dias como homem.

Não queiras! Não vale o esforço. Quando eu cá voltar, se não vier como barata tonta, quero vir como Mulher.

***

Cristina disse...

Luar, aceito com carinho os teus beijos resmungões. Fui lendo a tua epopeia a caminho dos hospitais e de facto é verdade, aí nunca ninguém se lembrou delas, mas agora vem tudo ao de cima por causa dos encerramentos.
Um beijo

Inconfidente :D

FZ: Acho que valeria o esforço, sim. E vieste tipo barata tonta porquê? andas perdido?

Anónimo disse...

Ter filhos hoje em dia tem muito que se lhe diga... Como se costuma dizer, quem tem filhos tem codilhos, e há muito boa gente que pura e simplesmente não se quer meter em trabalhos. Criar um filho agora não é o mesmo que criar um filho aqui à 15 anos atrás. Não por a minha mãe não trabalhar na altura em que me criou ou ao meu irmão, mas porque vivia-se de uma forma diferente. A minha mãe trabalhava quando eu era puto, saia de casa cedinho e voltava ao fim da tarde. E eu? Eu ia para a creche da altura, a casa da avó, pegava no meu irmão mais novo e lá ia eu. Dantes os putos eram criados a meias, entre os pais e os avós. Agora? Agora são criados pelos colégios e por aí fora... deixar filhotes de meses numa creche e fazer a vida normal. Isso no meu tempo de puto era impensável, os meus pais não queriam, nem eu gostava. Mas tudo bem, percebo que os tempos mudem, e por tendência os pais/sogros não estão por perto e a vida de mãe dona de casa cada vez é mais colocada de parte para dar lugar à mãe trabalhadora por contra de outrém. Dantes criavam-se os filhos, agora eles vão-se criando...

Acredito que não seja fácil para uma mulher os últimos meses de gravidez, mas acreditem que também não é nada fácil para os homens, porque temos que aturar as mulheres...

Anónimo disse...

Ah é verdade, em relação à mais bela bandeira humana...

Eu também não estive lá, mas a ideia de estar lá no meio de 16.000 mulheres... bem... se lá fosse só se fosse fazer ... de mastro!

Peço desculpa pela graçola, mas tinha mesmo que ser...

Anónimo disse...

Não me desagradaria de todo ser homem por um dia, quem sabe uma semana. Acho que iria representar um machão do pior, só para tentar perceber qual é a piada que isso tem.

JPS disse...

Faz isso! Combina com ele e troquem de papeis por um dia.

Desde o momento em que acordam até que se deitam tu fazes de homem e ele faz de mulher.

Aprende-se muito com uma coisa dessas...