sexta-feira, outubro 27, 2006

Fragil

Não fazia o meu tão frágil como esta casca de ovo, mas além de ter gostado desta imagem, olhar para ela fez-me pensar na forma como vivi o meu. Sempre achei que era mais resistente. Adiante...

Ultrapassada uma das fases piores (sei que vai haver mais, mas já estou escudada), vou "arejar" durante uma semana. E preciso mesmo, porque se achava que não ganhava mal, depois de fazer simulações ao orçamento familiar (eu e eu), sou obrigada a deixar aqui um grande Bem-haja a todas as mulheres que criam os filhos sozinhas. Passaram a ser as minhas Heroínas.
Aceito sugestões de ginástica orçamental:)
P.S.: Obrigada por todas as palavras carinhosas.

terça-feira, outubro 24, 2006

Serviço Publico


Porque vale mesmo a pena. Aqui a imaginação vai ser levada ao poder!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Um vencedor

Nem sempre numa separação dos pais, os filhos ficam a perder. Se o sofrimento e tristeza por que passei resultaram num pai mais presente e finalmente a dar tempo de qualidade ao meu filho, então valeu a pena passar por tudo.
E acreditem que o meu filho ficou mesmo a ganhar.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Podar

Devagar, levando o tempo que for preciso... mas com capacidade de sobreviver.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Ausência

Quero dizer-te uma coisa simples: a tua
ausência dói-me. Refiro-me a essa dor que não
magoa, que se limita à alma; mas que não deixa,
por isso, de deixar alguns sinais - um peso
nos olhos, no lugar da tua imagem, e
um vazio nas mãos, como se as tuas mãos lhes
tivessem roubado o tacto. São estas as formas
do amor, podia dizer-te; e acrescentar que
as coisas simples também podem ser
complicadas, quando nos damos conta da
diferença entre o sonho e a realidade. Porém,
é o sonho que me traz a tua memória; e a
realidade aproxima-me de ti, agora que
os dias correrm mais depressa, e as palavras
ficam presas numa refracção de instantes,
quando a tua voz me chama de dentro de
mim - e me faz responder-te uma coisa simples,
como dizer que a tua ausência me dói.

Núno Júdice

segunda-feira, outubro 09, 2006

Uma semana depois

Primeiro foi a surpresa pela decisão unilateral. O choque. O desabamento do meu mundo perfeito onde eu ao longo dos anos me moldei (pelos vistos o problema também passou por aí, pela minha anulação em detrimento do filho e da profissão do marido). As horas que passei a chorar para tentar assimilar as culpas que me eram atribuidas (que assumo mas que não vale a pena serem enumeradas) e as culpas da outra parte que não são assumidas.

Comparei esta dor à morte de dois entes muito queridos e sinceramente, do fundo do coração digo: sofri muito mais agora. Sofro porque fui surpreendida, porque nunca pensei que isto me fosse acontecer, embora acredite no amor eterno, mas que só vale a pena enquanto dura, porque estou a perder o meu companheiro. E sofro ainda mais porque o amo e porque esta decisão me foi comunicada com um "mas eu continuo a gostar muito de ti". Foi muito dificil interiorizar esta contradição. Amar e querer deixar, quando não há uma razão especifica, quando não houve um aviso, quando a unica razão é um casamento de quase uma década que foi mal alimentado, mas que não quer comer. Tornou-se um hábito, uma amizade muito cumplice, mas não aceito ser a unica culpada. Porque não fui.

Depois desta surpresa e do choque, veio a necessidade de encarar o problema de frente. Houve conversas, tentativas de alteração de hábitos (ok, só quando nos foge o tapete é que notamos a falta que ele nos faz), mas se é para acabar, acaba de uma vez, porque uma coisa que eu quero e preciso muito de manter é o meu amor-próprio, a minha auto-estima e a força (que fui buscar à Lua - depois explico esta parte), para resolver civilizadamente um problema que envolve uma criança que acaba de iniciar a vida escolar.

Hoje digo que consigo conversar sobre isto sem chorar. Porque tenho de seguir em frente.
Porque se tanta gente passa e passou por isto, eu também vou conseguir ultrapassar. Porque sou mulher e mãe e nunca me vou esquecer disso.

terça-feira, outubro 03, 2006

O primeiro dia do resto da minha vida

Se não tivesse um filho, arrisco-me a dizer que me apetecia desaparecer.